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Dançarina potiguar relata orientações das autoridades após terremoto na Turquia: 'Pediram pra manter os documentos nos bolsos'

Por LivreTV Notícias em 06/02/2023 às 15:32:13
Monnaliza Medeiros, de 33 anos, é natural de Natal, no Rio Grande do Norte, e mora há cerca de um ano na cidade de Alanya. Ela diz que sentiu tremor, mas que cidade não sofreu com desabamentos. Monnaliza Medeiros, de 33 anos, natural de Natal, no Rio Grande do Norte e que mora na Turquia há cerca de um ano

Cedida

A brasileira Monnaliza Medeiros, de 33 anos, natural de Natal, no Rio Grande do Norte e que mora na Turquia há cerca de um ano, relatou o clima da população após o terremoto que deixou mais de 2 mil mortos entre o país e a Síria nesta segunda-feira (6).

Ela contou que a cidade de Alanya, onde vive, não foi tão impactada pelo tremor, não tendo desabamentos e vítimas fatais. Apesar disso, o abalo sísmico foi sentido.

"Aqui onde eu estou teve o tremor sim, mas a gente não sentiu tanto, pelo menos eu e as meninas [outras duas potiguares com quem mora]. A gente sentiu só nossa cama tremer. Só que como aqui tem tanto trovão, a gente não assimilou tanto o que seria. Depois que a gente viu", disse.

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Monnaliza disse que a sensação dela após o terremoto foi de receio, principalmente por estar longe da família.

"A gente fica com um pouco de receio, porque a gente está distante da família e a vida é uma vela, a qualquer instante pode se apagar. Então a gente fica com um pouco de medo de acontecer alguma coisa e a gente estar distante da família, não ter pra quem recorrer", falou.

Vídeo mostra prédio desabando após terremoto na Turquia

Orientações

A dançarina potiguar, que atualmente está trabalhando em um restaurante na cidade, conta que eles receberam algumas orientações das autoridades locais após o terremoto.

Segundo ela, a maioria de restaurantes e bares locais a noite vão estar todos fechados "porque o país todo entrou em comoção pelo terremoto".

"O que eles pedem pra gente fazer é ficar sempre atento, porque provavelmente pode haver outro terremoto hoje [segunda]. Pediram pra gente ter muito cuidado, manter documentos em bolsa, correr, porque a gente mora em prédio, e é mais difícil a saída. E, durante o dia, pediram pra gente não ficar dentro dos restaurantes. Sempre que for comprar alguma coisa, ficar do lado de fora", contou.

A potiguar contou que percebeu a população local bastante comovida.

"Eles sentem muito, de ficarem mal, muito tristes. São pessoas que eles não conhecem, mas eles têm o sentimento de perda muito grande. É o que está acontecendo muito", disse.

Ela disse ainda que no centro da cidade nesta manhã estavam recolhendo água e cobertores para auxiliar vítimas do terremoto.

Terremoto mata mais de 2,4 mil na Turquia e Síria

Um terremoto de magnitude 7,8 atingiu a região central da Turquia e o noroeste da Síria na manhã desta segunda-feira (6), causando cerca de 2.400 mortes nos dois países e deixando mais 7 mil pessoas feridas, além de milhares de desaparecidos.

Este é o terremoto mais forte desde 1939 na região, que fica sobre várias placas tectônicas. Segundo relatos, o tremor durou mais de um minuto e meio e gerou dezenas de réplicas. A última delas foi outro terremoto de magnitude 7,6 também na região central da Turquia por volta de 13h30 no horário local (07h30 no horário de Brasília).

A profundidade, de cerca de dez quilômetros, e a duração do tremor são dois fatores que explicam a grande destruição provocada - imagens mostram prédios inteiros desabados e municípios amplamente destruídos.

Segundo as autoridades, se sabe que:

Segundo o último balanço do governo turco, 1.541 pessoas morreram na Turquia;

Na Síria, foram 928 mortos, segundo levantamento do governo sírio e da ONU;

Mais de 5 mil pessoas ficaram feridas, e milhares ainda estão desaparecidas;

Até a última atualização desta reportagem, mais de 40 réplicas foram registradas;

O epicentro foi a 10 quilômetros da superfície, segundo o Centro Alemão de Pesquisa em Geociências - esta é uma profundidade considerada baixa, muito próxima ao solo, e pode explicar, em parte, o tamanho da destruição provocada;

O epicentro do tremor foi no povoado de Kahramanmaras, próximo à cidade de Gaziantep, no sudoeste, bem perto da fronteira com a Síria, e atingiu um raio de cerca de 250 km;

O noroeste da Síria também foi fortemente afetado;

O tremor também foi sentido em Israel, Chipre e no Líbano;

Segundo o governo turco, mais de 45 países já anunciaram que enviarão ajuda humanitária e equipes de busca (leia mais abaixo);

Equipes de resgate carregam uma pessoa em uma maca em meio aos escombros

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