Itens aumentaram 26%, segundo Fundação de Pesquisas Econômicas, por causa da inflação entre o Natal do passado e o atual. Preço dos produtos da ceia subiu
Reprodução/Inter TV Cabugi
Este ano, com mais gente vacinada contra a Covid (73% com as duas doses no RN), muitas famílias vão se reunir no Natal e fazer a tradicional ceia. Vai ser um retorno dos encontros, mas, além da precaução sanitária, com o uso de máscaras e distanciamento, também será um momento de muito cuidado para não fugir do orçamento na hora de montar a ceia.
Os itens da ceia estão pelo menos 26% mais caros do que no ano passado, por causa da inflação. É o que aponta a Fundação de Pesquisas Econômicas. Muitas famílias, portanto, estão pesquisando mais e tendo mais criatividade na hora de substituir os ingredientes que fugirem do orçamento.
"O peru vai ser substituído por um frango. Um franguinho recheado, coisa desse tipo", diz a jornalista Alane Brito. "Está tudo alto. Onde a gente corre o preço está fugindo do orçamento da gente", destaca o estoquista Fabiano Xavier.
De acordo com a pesquisa, o filé mignon foi o produto que mais aumentou de preço, com reajuste de 35%.
"O brasileiro está tendo que ser mais criativo do que já é. Nós temos a carestia muito grande no preço dos alimentos, notadamente dos itens natalinos. Dos 15 itens que compõem a cesta, 11 tiveram aumento expressivo. Com destaque pro filé mignon e bacalhau", aponta o superintendente Conselho Regional de Economia do RN (Corecon-RN), Ricardo Valério.
Até a farinha para tradicional farofa subiu mais de 13%. Já as aves de Natal, em geral, por exemplo tiveram um aumento de preço de quase 10%.
Alternativas
Além de substituir itens e rachar despesas, outra opção para quem não abre mão da ceia de Natal e de festa também é equilibrar as compras com o que está mais barato. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Alimentos do RN (Sincovag-RN), as frutas e hortaliças, por exemplo, este ano especificamente, não subiram de preço no Natal.
"Nas regiões produtoras, não choveu ainda. Então, as frutas e verduras, como gostam de sol e água, irrigada ainda estão num preço muito bom", disse Geraldo de Medeiros, presidente da Sincovag-RN.
Para o vinho, há também opções mais baratas sem perder a tradição. "A dica que nós damos pro vinho é que temos aqui da América do Sul os argentinos e os chilenos, que são muito bons e com os preços muito mais baratos que os da França, Itália e Portugal, porque não tem taxa de importação aqui na América do Sul. É um vinho bom e barato".
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