Antes de deixar o hospital para vir para BrasĂlia, onde não tem agenda oficial hoje, o presidente voltou a questionar a segurança das urnas eletrônicas. "As Forças Armadas foram convidadas pelo ministro Barroso para participar das eleições. Aceitamos participar de todo processo eleitoral, sem exceção. E a Defesa fez alguns questionamentos para o ministro [LuĂs Roberto] Barroso, do TSE, sobre fragilidades das urnas eletrônicas. Estamos aguardando a resposta do TSE. Pode ser que ele nos convença, pode ser que estejamos errados. Agora, se nós não estivermos errados, pode ter certeza que algo tem que ser mudado no TSE", afirmou Bolsonaro.
Ele acrescentou que "o brasileiro merece eleições limpas e transparentes". "E ninguém é dono da verdade aqui no nosso paĂs. A lei vai ser cumprida e teremos eleições limpas e transparentes, pode ter certeza disso", acrescentou. Bolsonaro disse ainda que "os votos vão ser contados".
O presidente foi questionado sobre suposta pressão para que a ministra da Secretaria de Governo, FlĂĄvia Arruda, deixe a pasta. Parlamentares do Centrão teriam defendido a saĂda da ministra do governo sob o argumento de que ela não cumpriu promessas de liberação de verbas. "A indicação da FlĂĄvia Arruda foi minha", disse Bolsonaro. O presidente ressaltou que FlĂĄvia Arruda não foi nomeada para o cargo por ser mulher, mas pela competĂȘncia. "Ninguém ligou para mim. Ninguém pede cabeça de ministro como acontecia no passado", acrescentou.
Bolsonaro disse ainda que "desconhece" onde a ministra teria errado para que a demissão dela fosse solicitada. "Se, porventura, [FlĂĄvia Arruda] estiver errando, como jĂĄ aconteceu, acontece, eu chamo e converso com ela. Ela não serĂĄ demitida jamais pela imprensa", disse.
Perguntado sobre as crĂticas que sofreu nas redes sociais por supostamente pretender explorar a facada politicamente, o presidente reagiu. "Querem politizar uma tentativa de homicĂdio, isso é um desrespeito ao doutor Macedo", ressaltou Bolsonaro. "Falar que é uma facada fake, a faca passou perto de vasos e veias. O pessoal acha que seria uma armação. Não sangrou porque tudo vai pra dentro. Eu não queria estar aqui, estava previsto eu retornar para BrasĂlia. Querer dizer que é polĂtica, vitimização, tĂĄ de brincadeira, né?", questionou.
Antes de deixar o hospital em São Paulo, o presidente da RepĂșblica classificou os projetos sancionados nos Ășltimos dias, como o que desonera a folha de pagamento e o que criou o AuxĂlio Brasil, de "fantĂĄsticos".
Bolsonaro criticou a AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa) por recomendar a suspensão da temporada de cruzeiros marĂtimos no Brasil. "O mundo todo tĂĄ de olho em nós. Não é porque somos bonzinhos não, é porque nós temos muito a oferecer. O Brasil é uma potĂȘncia no agronegócio, é uma potĂȘncia mineral, é uma potĂȘncia no turismo - lamento a decisão que tivemos agora, não pelo meu governo, pela Anvisa, no tocante aos cruzeiros. O Brasil é uma potĂȘncia", afirmou.
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