Após alta do desmatamento na Amazônia, Mourão diz ser preciso 'manter a pressão nas operações'
Relatório do Inpe mostrou alta de 22% no desmatamento na Amazônia entre 2020 e 2021. Mourão comanda o Conselho da Amazônia, que terá reunião nesta terça (23). Vice-presidente Hamilton Mourão concede entrevista nesta segunda (22) na entrada do Palácio do Planalto
Guilherme Mazui/g1
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou, após a alta de 22% no desmatamento na Amazônia entre 2020 e 2021, que é preciso “manter a pressão nas operações” contra crimes ambientais na região e avançar em outras áreas, como pagamento por serviços ambientais e regularização fundiária.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou na semana passada que a área desmatada na Amazônia foi de 13.235 km² entre agosto de 2020 e julho de 2021.
Os números fazem parte do relatório anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), considerado o mais preciso para medir as taxas anuais. O Prodes é diferente do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que mostra os alertas mensais e já sinalizava tendência de aumento da devastação.
Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, deu a declaração ao ser questionado se haverá algum ajuste nas ações do governo após a nova alta no desmatamento.
" Tem que manter a pressão nas operações, né, mas também tem que avançar os outros aspectos, senão a gente não consegue resolver o problema”, disse.
“Tem que avançar a regularização fundiária e o pagamento por serviços ambientais, de modo que o proprietário da terra lá entenda que ele tendo 80% da sua área preservada, aquilo vai dar um recurso para ele anualmente e vai compensar muito mais do que ele estar na ilegalidade e desmatar”, acrescentou.