Balanço aprovado nesta terça-feira (25) indica que saldo negativo deve chegar a R$ 49,7 milhões no fim deste exercício, enquanto projeção inicial era de R$ 200,8 milhões. Veja o que mudou. Acesso ao campus da Unicamp, em Campinas
Antoninho Perri / Unicamp
A primeira revisão do orçamento da Unicamp indica redução de R$ 151,1 milhões no déficit projetado até dezembro deste ano. O documento aprovado pelo Conselho Universitário (Consu), em sessão realizada nesta terça-feira (25), sinaliza que o saldo negativo será de R$ 49,7 milhões, enquanto o valor projetado inicialmente era R$ 200,8 milhões. A proposta financeira é de R$ 2,8 bilhões durante 2021.
O balanço da Assessoria de Economia e Planejamento (Aeplan) considera as movimentações da Unicamp no primeiro trimestre. No resultado, a instituição registrou um superávit de R$ 79,7 milhões, mas precisará gastar R$ 129,5 milhões referentes às obrigações estabelecidas em anos anteriores.
O déficit acumulado pela instituição de ensino de 2015 até o ano passado chega a R$ 717,9 milhões, o que mantém alerta da universidade sobre "continuidade da adoção de medidas de controle de gastos e melhor utilização de recursos da universidade" e esforços para equilíbrio entre receitas e despesas.
"Durante este período a universidade utilizou recursos economizados de anos anteriores para pagamento de suas despesas. Com isso, se achou relevante contabilizar o montante de recursos utilizados para cobertura dos déficits sucessivos", destaca a assessoria da Unicamp.
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O que mudou?
A melhora do quadro considera, por exemplo, a expectativa do aumento em R$ 133,8 milhões em repasses que devem ser feitos pelo governo do estado, com base em cota sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A proposta inicial considerava projeções da Secretaria da Fazenda em agosto de 2020, enquanto a primeira revisão tem como base os dados de janeiro.
A universidade explica ainda que há R$ 157,8 milhões que são recursos de contingência e, diante do cenário de incertezas sobre repasses, eram considerados antes da revisão como receitas e despesas, ao mesmo tempo, com objetivo de garantir que os serviços não tivessem impactos na crise sanitária.
A projeção é de que a arrecadação no segundo trimestre seja melhor do que no mesmo período do ano passado, mas a Unicamp pondera que os indicadores serão inferiores aos anos que antecederam a pandemia. A universidade destaca ainda as doações recebidas para enfrentamento à Covid-19, mas salienta que elas equivalem a R$ 624 mil e tiveram "redução de 35 vezes" em comparação a 2020"
Na folha de despesas, em contrapartida, a universidade estadual teve reduções de gastos com energia, água e com restaurantes, em virtude da suspensão de aulas presenciais e acertos contratuais. No caso do setor de alimentação, contudo, a Unicamp também registra uma perda de receitas.
Em 31 de março, a economia da universidade estava calculada em R$ 515 milhões.
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