No documento, segundo a Folha, Maiurino declarou que a medida seria necessária para “melhor supervisão das investigações”, de modo a evitar “o ajuizamento de medidas” que refletem “tão somente o posicionamento individual de autoridades policiais”, mas que estão “em dissonância da posição institucional da PF”.
Investigadores afirmaram ao jornal nessa 6ª feira (21.mai.2021) que essa proposta é uma tentativa de controle de apurações do novo diretor-geral, indicado em abril pelo presidente Jair Bolsonaro, e um ataque às recentes ações do STF. Apontaram também que essa mudança pode conceder superpoderes ao próprio Maiurino.
Com isso, pedidos de medidas cautelares, como buscas, quebras de sigilo e prisões, necessitariam de ciência prévia do diretor-geral.
De acordo com o jornal, delegados veem a sugestão de Maiurino como retaliação aos dois casos recentes que envolveram investigados com foro: o pedido de inquérito contra Dias Toffoli e o pedido de busca e apreensão contra o ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente).
Por exemplo, se fosse seguir a nova proposta, a solicitação de apuração contra Toffoli teria que ter passado por Maiurino, que no passado foi subordinado ao ministro como chefe da segurança do STF.