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Segurança Pública: conheça as propostas dos candidatos ao governo do Rio Grande do Norte

Por LivreTV Notícias em 25/08/2022 às 07:05:23
Levantamento do g1 com base nos programas apresentados pelos candidatos à Justiça Eleitoral aponta projetos e diretrizes defendidos por cada um. Viatura da Polícia Militar, RN, Força Tática

Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

Investimento em tecnologias para facilitar e agilizar o trabalho das forças de segurança estadual no combate à criminalidade é pauta em quase todos os nove programas de gestão apresentados pelos candidatos ao governo do Rio Grande do Norte nas Eleições de 2022.

Outro ponto comum à maioria dos programas entregues pelos postulantes ao Tribunal Superior Eleitoral e liberados para consulta pública é a valorização dos profissionais do setor. Mais de um candidato diz que quer implantar câmeras nos fardamentos e viaturas.

Candidatos ao governo do Rio Grande do Norte em 2022: veja lista

Primeira pesquisa Ipec ao governo do Rio Grande do Norte foi publicada na segunda (22)

O Rio Grande do Norte tem nove candidatos ao governo nas eleições de 2022, que ocorre no próximo dia 2 de outubro.

Veja abaixo as propostas de cada candidato em ordem alfabética (pelo nome de urna)

Bento (PRTB)

Em seu plano de governo, o candidato Bento, do PRTB, propõe a instalação de câmeras em áreas centrais e comerciais de Natal, estendendo a iniciativa para cidades da região metropolitana, entre outros municípios. De acordo com ele, o objetivo é auxiliar a Policia Militar no combate à criminalidade e agir "inibidor dos delitos". O candidato ainda afirma que pretende garantir de recursos para evitar atrasos nos salários dos policiais civis e militares e aumentar o efetivo.

O programa apresentado à Justiça Eleitoral também apresenta a proposta de integração das forças de segurança do estado, "alinhada à expectativa da população", bem como incentivo às atividades de prevenção. Outra medida prevista pelo candidato é um a criação da Atividade Delegada, "que aumentaria o número do efetivo nas ruas e proporcionaria maior sensação de segurança. O projeto, no entanto, não é explicado no programa de governo.

Por fim, o candidato diz que sua possível gestão vai dar apoio ao Corpo de Bombeiro, à Polícia de Trânsito, à Polícia Ambiental e à Polícia Civil em atividades e convênios relacionados a cada área.

Capitão Styvenson (Pode)

Entre as propostas apresentadas no seu plano de governo, o Capitão Styvenson, do Podemos, quer apresentar projeto de lei que coloque a Defensoria Pública à disposição de servidores da Segurança Pública que respondam processos motivados pela atuação na prevenção ou repressão de crimes.

Outra proposta do candidato envolve a consolidação do Centro de Comando e Controle da Secretaria de Segurança Pública como a sala de situação primária do governo, integrando representantes de outras secretarias. Ele também quer propor a adequação da legislação para que haja parceria entre as forças de segurança e instituições privadas para liberação das imagens e integração das câmeras de monitoramento, além de investimentos em equipamentos de sensoriamento e monitoramento.

Styvenson também afirma que quer implantar o monitoramento das ações policiais por meio de vídeo interligado ao Centro de Comando e Controle. Ele diz que, se eleito, vai priorizar o combate à criminalidade com a prevenção e severa repressão de crimes cometidos por organizações criminosas, "especialmente quando envolverem em suas atividades ilícitas, crianças e adolescentes".

Clorisa Linhares (PMB)

Candidata pelo PMB, a candidata Clorisa Linhares apresentou, entre suas propostas, o compromisso de zerar o déficit de policiais no estado ao longo dos quatro anos de mandado, caso seja eleita. Ela também diz que vai promover a informatização total do sistema de Segurança Pública e modernizar e equipar as viaturas policiais com internet móvel, tablet e impressora térmica portátil.

Outra proposta da candidata é a criação da "Cidade da Polícia" em cada região do Rio Grande do Norte, que, segundo ela, possibilitaria a funcionalidade de todos os órgãos envolvidos no setor em uma mesma área territorial. O plano também prevê a equiparação salarial entre os servidores.

Outras propostas de Clorisa envolvem a implantação de sistemas de tecnologia da informação para agilizar investigações, modernização dos serviços de inteligência e contrainteligência e a integração das guardas municipais e dos órgãos de trânsito com as demais instituições de Segurança, "estabelecendo uma grande rede interligada". Ela ainda quer criar o Gabinete Superior de Gestão Integrada, a ser comandado pelo governador, como instância responsável pela definição de metas e supervisão dos resultados.

Danniel Morais (Psol)

O programa de governo de Danniel Morais, do Psol, ao governo do Rio Grande do Norte prevê iniciativas como investimento do estado em tecnologia e inovação para fortalecer a Polícia Civil e prevenir e solucionar crimes com o uso de softwares e hardwares próprios ou adquiridos da iniciativa privada. O candidato também afirma que pretende corrigir a defasagem nos efetivos das Polícias Civil e Militar.

Outro ponto proposto pelo candidato é o investimento em armamentos não-letais e o treinamento dos agentes públicos com objetivo de reduzir a letalidade nas ações policiais. Danniel também afirma que, caso eleito, vai garantir o uso de câmeras no fardamento e nas viaturas de polícia como forma de promover segurança tanto para os policiais, como para a população.

O candidato também diz que vai reformar as delegacias e outros prédios utilizados pelo sistema de Segurança Pública, além de ampliar oficinas e projetos educacionais nos presídios estaduais e construir novos batalhões do Corpo de Bombeiros no interior potiguar.

Fábio Dantas (Solidariedade)

O programa de Fábio Dantas, do Solidariedade, prevê 18 iniciativas voltadas à segurança pública. Entre elas, Fábio defende o investimento em tecnologia e softwares com integração de câmeras de segurança com reconhecimento de faces e placas, georreferencia das tornozeleiras eletrônicas, rotas automáticas de policiamento ostensivo entre outras medidas. Ele também quer tornar 100% dos inquéritos policiais virtuais.

O candidato ainda prevê a criação de um programa estadual de recompensa a cidadãos que apresentem informações úteis às investigações. Fábio também quer premiar policiais por apreensões de armas e drogas, além de "atuações destacadas" em operações e cumprimentos de metas.

Outras propostas do candidato envolvem a criação de um aplicativo que funcionaria como "botão pânico" e "delegacia virtual” - a fim de informar crimes de forma mais rápida. Outra ideia apresentada é o programa “Cada viatura uma delegacia” que prevê a implantação, nas viaturas, de um sistema para realização de termos circunstanciados ou boletins de ocorrência. Ele ainda quer criar a verba indenizatória de alimentação com valor igual para todas as Forças de Segurança.

Fátima Bezerra (PT)

Em seu plano de governo, Fátima Bezerra (PT) aponta diretrizes para a Segurança Pública no caso da possível reeleição. Entre elas, afirma que vai garantir participação social na elaboração, execução e acompanhamento da política de segurança pública estadual. A candidata também diz que vai fortalecer a política de valorização profissional dos integrantes do sistema.

Entre as diretrizes, também estão o aprimoramento dos processos de segurança, com inovação tecnológica e integração de sistemas de informação e comunicação, além do fortalecimento do controle interno, da corregedoria e da ouvidoria dos órgãos. A candidata ainda pretende fortalecer a gestão e controle do sistema penitenciário estadual, com ênfase na ressocialização, modernização e ampliação de investimentos.

Fátima também afirma que pretende expandir as delegacias especializadas no enfrentamento à violência contra a mulher e fortalecer o protocolo de atenção integral, que possibilite uma rede que congregue todos os serviços necessários à execução das medidas protetivas. Ela ainda quer ampliar a Patrulha Maria da Penha e o Programa Maria da Penha vai às Escolas.

Nazareno Neris (PMN)

Candidato ao governo do Rio Grande do Norte pelo PMN, Nazareno Neris afirma em seu programa apresentado à Justiça Eleitoral que, se eleito, vai incentivar "ações integradas" para reduzir a violência e promover a paz social nas comunidades carentes do estado, "executando programas sociais efetivos". Ele também prevê o uso de monitoramento por inteligência artificial e o uso da polícia investigativa para prevenção e combate ao crime.

Na descrição de seu programa, o candidato afirma que outros fatores também influenciam na segurança pública, "como a educação, o lazer dos jovens, a política de inclusão, o combate ao desemprego, o abandono das comunidades carentes".

Portanto, "cuidar da segurança da população diz respeito a existir creche em quantidade e qualidade para que as famílias possam trabalhar".

Rodrigo Vieira (DC)

Entre os projetos apresentados no seu plano de governo, o candidato Rodrigo Vieira, do Democracia Cristã, cita dois pontos relacionados à Segurança Pública e ao sistema prisional do Rio Grande do Norte.

O candidato afirma que, se eleito, irá construir dois novos presídios estaduais com sistema de trabalho prisional, "para que o apenado seja sustentado". Por fim, a outra proposta é a realização de concurso público para a Segurança Pública, assim como para a Educação e Saúde.

Rosália Fernandes (PSTU)

No programa de governo apresentado à Justiça Eleitoral, a candidata Rosália Fernandes (PSTU) afirma que, caso eleita, pretende "desmilitarizar" a Polícia Militar e garantir direitos democráticos e sociais aos policiais. Ela ainda afirma que vai estabelecer democracia nos quartéis e delegacias e unificar as forças policiais, formando a Policia Civil Unificada.

A candidata ainda afirma que pretende criar a carreira única para policiais, via concurso público, cujos oficiais e delegados deverão ser eleitos pela base da tropa e pela população. A candidata ainda afirmou, nas suas propostas, que pretende "acabar com os privilégios e mordomias dos oficiais e delegados" e estabelecer o direito de greve, organização sindical e livre filiação partidária para policiais.

Ainda de acordo com Rosália, a polícia seria "desvinculada das Forças Armadas" e orientada por Conselhos Populares de Segurança Pública.

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