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Festival de Cinema Acessível exibe filmes para crianças com deficiência visual, auditiva e intelectual em Natal

Por LivreTV Notícias em 04/08/2022 às 19:58:34
Ação acontece de 8 a 10 de agosto no auditório do campus central do IFRN, na capital potiguar. Edição de projeto de cinema voltado para crianças com deficiências em São Paulo. Natal recebe evento de 8 a 10 de agosto.

Divulgação

A iniciativa nasceu há oito anos no Rio Grande do Sul, como Festival de Cinema Acessível, idealizado pelo empreendedor e musicista Sidnei Schames, o Sid.

A ideia de realizar edições voltadas para as crianças partiu do filho dele, David, em 2015, quando tinha oito anos. Em uma das apresentações, ele não pôde entrar no cinema, por não ter a idade necessária.

“Meu pai criou um Festival Acessível para os outros; mas não é acessível para mim”, reclamou. Logo depois, transformou a indignação em projeto voltado ao público infantil e deu a ideia ao pai.

O novo projeto foi lançado em 2017 e em 2022 saiu dos limites do Rio Grande do Sul para ganhar o país, encorpado pela oficina “Educadores +Inclusivos”, voltada para educadores de escolas das redes pública e privada a serviço da inclusão educacional.

No início de junho, o Festival de Cinema Acessível Kids esteve em São Paulo, no clube “A Hebraica” e em duas unidades do CEU. Além de São Paulo e Natal, o projeto estará este ano em Brasília e Campo Grande (em datas ainda indefinidas).

Em Natal, o projeto conta com o apoio de um grupo criado pelo professor Jefferson Fernandes, diretor do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e pesquisador da área de Acessibilidade Cultural.

“Temos nos reunido à distância muitas vezes para alinhar todos os detalhes da produção do evento. O professor Jefferson está sendo fundamental reunindo e coordenando a equipe de Natal, formada por entidades, secretarias, escolas e universidades para fortalecer a ação”, diz Schames.

De acordo com Schames, o Festival de Cinema Acessível Kids na capital potiguar terá programação, no Auditório Pedro Silveira e Sá Leitão, no campus central do Instituto Federal do Rio Grande do Norte.

No dia 8 de agosto, segunda-feira, das 9 horas às 15h, acontece a oficina para educadores.

Nos dias 9 e 10, acontecem duas sessões por dia, às 8h e às 14h, com o filme Malévola, exibido com três tecnologias de acessibilidade, a audiodescrição, Libras e legenda descritiva. A entrada é franca, mas é preciso fazer a inscrição pelo e-mail [email protected].

O “Festival de Cinema Acessível Kids - a serviço da inclusão educacional” é apoiado nacionalmente pela Bem Promotora, Som da Luz, Total Seguros e Senado Federal. Em Natal, também conta com o apoio do Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), Urbano Cine, Secretaria Municipal de Educação (SME), Prefeitura de Natal, Secretaria do Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer - SEEC do Rio Grande do Norte e OSC Mundo Melhor.

Em suas versões adulto e infantil, o Festival de Cinema Acessível foi assistido por cerca de 17 mil pessoas, em 35 cidades.

A edição kids traz como diferencial a adaptação de obras cinematográficas infanto-juvenis, mas que fazem sucesso com a família toda.

De acordo com Schames, os filmes têm audiodescrição das cenas para quem não enxerga, janela de libras para quem não ouve e legendas descritivas para quem não sabe Libras.

“Para chegar às telas de cinema com toda a acessibilidade necessária, tudo é gravado em estúdio. É preciso de tecnologia e muita sensibilidade”, diz.

“Todos somos diferentes, mas podemos compartilhar uma mesma sala de cinema. Nas sessões tem o pai com deficiência visual, com o filho que enxerga; a filha com deficiência auditiva com a mãe que escuta, crianças com deficiência intelectual ou mental. E todos estão juntos se divertindo dentro do cinema”.

David, atualmente com 15 anos, diz que o festival foi criado para que todos sejam iguais. "Não igual no sentido de ter as mesmas características, mas os mesmos direitos e possibilidades. É um momento de inclusão estar todo mundo, pessoas com e sem deficiência, assistindo ao filme", pontua.

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