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Oceanógrafo de Noronha que negou transferência para Sertão é demitido do ICMBio: 'me sinto perseguido', diz

Por LivreTV Notícias em 02/06/2022 às 21:19:18
Demissão do oceanógrafo José Martins da Silva Júnior foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (2). José Martins foi demitido do ICMBio

Ana Clara Marinho/TV Globo

José Martins foi demitido do ICMBio

Ana Clara Marinho/TV Globo

A demissão do oceanógrafo José Martins da Silva Júnior, do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), em Fernando de Noronha, foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta (2). O agora ex-servidor negou uma transferência para a unidade de conservação Floresta Nacional de Negreiros, em Serrita, no Sertão de Pernambuco . "Eu me sinto perseguido", disse.

Os problemas entre o governo federal e o oceanógrafo começaram em 2019. A determinação de transferência para o Sertão pernambucano ocorreu após o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles visitar a ilha em julho daquele ano.

Na época, o o instituto justificou a transferência, alegando "desproporcionalidade no número de servidores nas unidades de conservação".

José Martins é considerado um crítico do aumento da visitação em Noronha. Ele disse que o aumento, "antes sazonal, passou a ocorrer em todos os meses do ano".

O servidor conseguiu na Justiça uma liminar que deu a ele o direito a permanecer em Noronha. A presidência do ICMBio recorreu da decisão e também deu início a uma investigação interna sobre o servidor.

"“A minha demissão é uma continuação do processo que se iniciou com a minha remoção para a catinga. São as mesmas pessoas e o mesmo grupo”, declarou José Martins, em entrevista ao g1.

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Portaria com demissão de José Martins

Reprodução/Ana Clara Marinho

José Martins chegou a ser afastado por dois meses das atividades no início do processo, mas retornou ao trabalho até a conclusão da investigação.

Ele exercia a função de analista ambiental do ICMBio. O oceanógrafo é criador do Projeto Golfinho Rotador. Mora em Fernando de Noronha desde 1990 e passou a trabalhar no instituto em 2007, após ser aprovado em concurso.

O g1 procurou a chefe do ICMBio em Noronha, Carla Guaitanele, para saber motivos da demissão do servidor, mas a gestora informou que "não tem detalhes do processo" e que "o caso é de responsabilidade da direção do órgão, em Brasília".

Também entrou em contato com a Assessoria de Comunicação do ICMBio e solicitou informações do processo, mas, até a última atualização desta matéria, não obteve resposta.

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