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Cerca de 30 árvores caíram em menos de cinco meses em Natal, diz Semsur

Por LivreTV Notícias em 19/05/2022 às 15:55:21
Pasta indica que chuvas e ventos agravaram situação, mas que faz monitoramento contínuo da situação das árvores na cidade, além de apontar redução no número de geral de quedas. Restos de árvore que caiu sobre motociclista na noite de sexta-feira (7) são tirados da avenida Hermes da Fonseca em Natal

Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi

No dia 7 de maio, uma árvore que ficava no canteiro central da Avenida Hemes da Fonseca caiu sobre um motociclista, que foi socorrido em estado grave para o Hospital Walfredo Gurgel. No dia 13, uma árvore desabou sobre um carro na Avenida Prudente de Morais. No dia 18, um galho caiu e quebrou o para-brisa de um carro no bairro Tirol e uma árvore desabou e interditou a Avenida Ayrton Senna, na Zona Sul.

Os recentes casos de acidentes desse tipo passam a integrar um número que é de aproximadamente 30 quedas de árvores em Natal entre os meses de janeiro e maio deste ano. Os dados foram repassados à Inter TV Cabugi e ao g1 pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur).

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Segundo a Semsur, os casos acontecem com mais frequência nos períodos chuvosos - com incidência maior nos meses de janeiro e maio neste ano. A pasta disse ainda que possui um cronograma contínuo de manejo arbóreo na cidade e que realiza os serviços no período entre dezembro e maio, meses que antecedem às chuvas.

Árvore caiu em cima de motociclista em Natal em 7 de maio

Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

Neste serviço, explicou a pasta, é feita uma mitigação dos riscos, como poda, ultrassonografia e serviço de contenção de pragas nas árvores.

A secretaria informou que o número de acidentes recentes se deve também às chuvas com vento, que não são comuns no mês de maio, mas disse que a média de casos se mantêm em queda na comparação com anos anteriores.

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"Esse trabalho é contínuo. Nós estamos trabalhando anualmente com trabalhos preventivos. É tanto que se formos comparar com anos anteriores [reduziu]. Esse ano de janeiro a maio caíram em torno de 30 árvores [contando também galhos]. Anos anteriores, eram 65, 70, 45 árvores", disse o secretário de Serviços Urbanos de Natal, Irapõa Nóbrega, em entrevista ao Bom Dia RN.

Segundo ele, o trecho mais comprometido é próximo à região central da cidade, na Zona Leste. Nós entendemos que as árvores aqui do centro da cidade, principalmente no Tirol e Petrópolis são as árvores mais antigas da cidade. Nós temos que ter um cuidado maior com elas", pontuou.

Desde a queda que atingiu o motociclista, equipes técnicas da pasta iniciaram a poda em alguns trechos, com prioridade inicial exatamente para os bairros Tirol e Petrópolis.

Monitoramento e mais quedas em maio

Segundo o secretário, atualmente quatro equipes atuam nesse serviço de monitoramento e reparação das árvores, número que é considerado suficiente pela pasta. O secretário diz que o período chuvoso deste ano foi mais intenso, o que também contribuiu com a situação mais crítica em maio.

"Esses casos mais recentes, com relação à queda das árvores, também foi um período mais chuvoso com relação com anos anteriores. Teve chuva, teve chuva com vento. Teve um dia que choveu 250 mm e a previsão era pra chover isso em sete dias. Então tudo isso gera esse desconforto, esses transtornos", disse Irapõa Nóbrega.

Árvore caiu no início da tarde desta quarta-feira (18) na avenida das Alagoas, em Natal.

STTU/Cedida

O titular da Semsur ainda pediu parceria de ambientalistas na possibilidade de retirada de árvores que possuem risco de queda.

"Sabemos também que temos os ambientalistas que querem preservar as árvores, entendemos demais, somos a favor disso também. Porém as vidas das pessoas são mais importantes, os bens das pessoas também. Então a gente precisa da parceria também dos ambientalistas, nos abraçarem, não abraçar apenas as árvores, abraçar a causa das árvores de Natal. Não adianta deixar uma árvore de 100 anos, centenária, se ela pode cair a qualquer momento em cima de uma pessoa", falou.

"A gente vem fazendo um trabalho fitossanitário, a gente faz o máximo pra tentar não erradicar a árvore, mas chega um ponto que a gente precisa erradicar".

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