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Após recorde de alerta de desmate em janeiro, Mourão diz que governo tem 'pouca gente' na Amazônia

Por LivreTV Notícias em 08/02/2022 às 11:47:36
Sistema de monitoramento do Inpe compilou dados até o dia 21 de janeiro de 2022, com 360km² de área com alertas. Número foi o maior para janeiro desde 2015. Mourão falou com jornalistas na entrada do Palácio do Planalto

Guilherme Mazui/g1

Após o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontar recorde nos alertas de desmatamento na Amazônia para o mês de janeiro, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta terça-feira (8) que o governo tem “pouca gente” para atuar em uma região tão grande como a floresta.

De acordo com medições do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), ainda sem dados completos do mês passado, os alertas de desmatamento identificaram uma área de 360km², maior número registrado para janeiro desde o começo da série histórica em 2015.

Mourão, que preside no governo federal o Conselho Nacional da Amazônia Legal, reconheceu que o desmatamento em janeiro “foi ruim” e disse que avalia os motivos para a alta nos alertas.

"Estamos avaliando. Para melhorar tem que... A Amazônia é imensa, nós temos pouca gente para operar em campo. O Ministério da Justiça e o Ministério do Meio Ambiente estão operando. houve um avanço aí da turma. Estou avaliando o por quê", disse Mourão.

Desmatamento na Amazônia cresce quase 57% no governo Bolsonaro, diz Ipam

O presidente Jair Bolsonaro é cobrado desde 2019 por ambientalistas, empresários e líderes estrangeiros em razão do crescimento do desmatamento na Amazônia. O governo tentou no final de 2021, durante Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, COP26, melhorar sua imagem na área ao anunciar a meta de zerar o desmatamento ilegal em 2028. A meta anterior estipulava 2030.

Mourão aponta com frequência a necessidade de recompor o efetivo de órgãos responsáveis pela fiscalização, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Para tentar reforçar o combate aos crimes ambientais na região, por três vezes ao longo do mandato Bolsonaro acionou as Forças Armadas. No entanto, desde o segundo semestre de 2021 os militares dão apenas apoio logístico aos órgãos de fiscalização vinculados aos ministérios da Justiça e do Meio Ambiente.

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