Policiais registram flagrantes e boletins de roubos de veículos, de crimes que necessitem de exame de corpo de delito e de pessoas que tiveram documentos furtados, roubados ou perdidos e precisam viajar. Delegacia de plantão em NatalVinícius Marinho/Inter TV CabugiNo segundo dia de paralisação dos policiais civis do Rio Grande do Norte, nesta quarta-feira (24), os agentes decidiram realizar boletins de ocorrência emergenciais nas delegacias de plantão da Zona Sul e da Zona Norte de Natal. Segundo a categoria, estão sendo registrados boletins de roubos de veículos, de crimes que necessitem de exame de corpo de delito e de pessoas que tiveram documentos furtados, roubados ou perdidos e precisem viajar ainda nesta quarta. Também são registrados os flagrantes levados às delegacias pelos policiais militares.Durante a noite e madrugada, outra delegacia que funcionou foi a Plantão de Parnamirim, na Grande Natal.A servidora pública Maria José Padilha não conseguiu registrar um boletim de ocorrência, nesta quarta, após cair em um golpe de falso pix. Ela fez uma transferência de R$ 1 mil para um criminoso que se passou pelo seu enteado, que mora em São Paulo. "Eu vim na delegacia para tentar fazer o boletim de ocorrência, mas mandaram fazer (o boletim) pelo site. Vou tentar fazer, se não conseguir, depois eu volto", disse.Já o moto-entregador Álvaro Santiago, que sofreu um assalto e teve a motocicleta roubada durante um assalto, por volta de 5h, conseguiu registrar o crime normalmente. "Assim que cheguei fui bem atendido", pontuou.A previsão é de que os policiais tenham uma reunião com o governo nesta quarta-feira (24), para tentar chegar a um acordo. Os servidores cobram reajuste salarial e convocação de aprovados no último concurso. A greve começou nesta terça-feira (23) e causou fechamento de delegacias em todo o estado. No mesmo dia, o Ministério Público pediu que a Justiça suspenda imediatamente a paralisação.O MP também pediu que o governo do estado nomeie os candidatos aprovados no último concurso para a instituição, uma das reivindicações do sindicato.O direito de greve por parte da Polícia Civil ou de profissionais de qualquer carreira policial é inconstitucional, segundo decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2017.Veja os vídeos mais assistidos no g1 RN