Cerca de 1,1 milhão de potiguares receberão salário extra com valor médio de R$ 2.092 até dezembro de 2022. Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 2,79 bilhões na economia do RN até o fim de 2022, diz DieeseCNM/DivulgaçãoO pagamento do 13º salário deverá injetar R$ 2,79 bilhões na economia do Rio Grande do Norte até dezembro de 2022. Os cálculos são do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Entre funcionários de empresas privadas, servidores públicos, aposentados e pensionistas, cerca de 1,1 milhão de potiguares vão receber o 13º salário. Em 2022, esse direito dos trabalhadores completa 60 anos. O valor que será pago representa 3% do PIB estadual. A média de valores por pessoa é estimada em R$ 2,092. 13º salário: até quando deve ser pago e quem tem direitoOs empregados do mercado formal, sejam funcionários de empresas privadas, sejam servidores públicos, representam 53,9% do total de beneficiários e deverão receber R$ 1,74 bilhão - em média, R$ 2.800,33 por pessoa. Pensionistas e aposentados do INSS equivalem a 44,8% do público, mas têm uma média de valor a receber menor: R$ 1.264,09. Ao todo, são previstos R$ 645,7 milhões.Já os servidores aposentados e pensionistas do Regime Próprio do estado ficarão com 13% do total, R$ 363,4 milhões e os dos regimes próprios dos municípios, 1,5% (R$ 42,4 milhões).O valor estimado para o Rio Grande do Norte equivale a 1,1% do total do Brasil e 7,1% da região Nordeste. Em todo o país, o 13º salário vai injetar R$ 249,8 bilhões. Aproximadamente 85,5 milhões de brasileiros serão beneficiados com rendimento adicional. A média por trabalhador, no país, é de R$ 2.672. As estimativas são do Dieese usam dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Previdência. Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Previdência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). 60 anosO 13º não fazia parte da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) de 1943, promulgada por Getúlio Vargas, mas era pago por algumas empresas. Proposta pelo então deputado Aarão Steinbruch (PTB-RJ) em 1959, a criação do 13º foi aprovada pelo Senado Federal em 27 de junho de 1962 e sancionada pelo então presidente João Goulart no mesmo ano, por meio da Lei 4.090, de 13 de julho, com referência no salário mensal do trabalhador. Inicialmente, a lei só dava direito ao 13º aos empregados urbanos do setor privado. Trabalhadores rurais e servidores públicos não eram contemplados. Posteriormente, em 1965, já na ditadura militar, o general Castelo Branco sancionou a Lei 4.749, que introduziu pequenas modificações na Lei 4.090, que incluiu os trabalhadores rurais e também aposentados. Os servidores públicos continuaram de fora e só passaram a ter direito ao 13º a partir da Constituição Federal de 1988. “Ao longo desses 60 anos completados em 2022, o 13º tem sido uma remuneração de grande importância: além de permitir que trabalhadores e trabalhadoras quitem dívidas e consumam diferentes tipos de produtos e serviços, é um dinamizador do comércio e da economia em geral”, defendeu o Dieese.VÍDEOS: Mais assistidos do RN nos últimos 7 dias