Desigualdade de renda é a maior registrada desde 2012 no estado. Além disso, mais pobres perderam 30% da renda em 2021, enquanto mais ricos aumentaram 3%. Moradores de rua em Natal, RNJulianne Barreto/Inter TV CabugiO Rio Grande do Norte é o segundo estado do país com maior desigualdade de renda e o primeiro do Nordeste. É o que aponta o módulo “Rendimentos de todas as fontes”, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (10) pelo IBGE com dados referentes a 2021.De acordo com a pesquisa, a desigualdade de rendimento no estado em 2021 também foi a maior registrada desde 2012.O índice de Gini do rendimento domiciliar por pessoa - que é a medida de desigualdade usada na pesquisa - foi de 0,587 no Rio Grande do Norte em 2021. Neste indicador, quanto mais próximo do número 1, maior é a desigualdade. Em relação a 2020, quando o índice era de 0,512 no estado, houve um aumento de 0,075, também a maior elevação do país. Além disso, o Gini potiguar foi superior ao índice nacional (0,544). Em 2021, outros cinco estados também atingiram seu próprio recorde de desigualdade: Roraima (0,596); Paraíba (0,562); Pernambuco (0,579); Rio de Janeiro (0,565); e Mato Grosso do Sul (0,496).O relatório aponta ainda que o RN teve a terceira maior desigualdade de renda do Brasil entre as pessoas com idade de trabalhar em 2021.O índice de Gini do rendimento médio mensal real, das pessoas de 14 anos ou mais (com origem em todos os trabalhos), do RN também alcançou a maior marca da série histórica iniciada em 2012: 0,542. Só Distrito Federal (0,551) e Paraíba (0,558) têm desigualdade mais acentuada.Pobres perdem 30% de renda; ricos aumentam 3%A pesquisa do IBGE apontou também que entre os 5% dos potiguares com menor renda houve uma queda de 30% no rendimento médio mensal real por pessoa em 2021. Essa parcela da população tinha uma renda média R$ 79 em 2020. Em 2021, o valor caiu para R$ 55.No outro extremo das classes de renda, a população que faz parte do 1% de maior renda do estado teve um crescimento de 3% no rendimento médio mensal real por pessoa em 2021. Em 2020, a média de renda dessa população era de R$ 11.576 e subiu para R$ 11.934.Rendimento médio mensal domiciliar é o maior do NEA PNAD também apontou que o rendimento médio mensal real domiciliar do potiguar em 2021 foi de R$ 1.110, o maior entre os estados nordestinos. Desde o ano de 2012, o RN se mantém com rendimento médio superior ao da região Nordeste.Outro ponto destacado pela pesquisa é que o número de domicílios que recebem bolsa família não voltou a patamares pré-pandemia.O número aumentou 36% em 2021, saindo de 124 mil em 2020 e ficando em 169 mil domicílios. Apesar do aumento, trata-se de uma quantidade muito abaixo do registrado em 2019, quando 288 mil residências potiguares recebiam o benefício. Já a quantidade dos domicílios que receberam outros programas sociais (como o auxílio-emergencial) caiu 30% em 2021, indo de 395 mil para 275 mil. Vídeos mais assistidos do g1 RN