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Mulher que cria 6 filhos sozinha em Natal quer abraços como presente do Dia das Mães: 'Nas horas mais difíceis, estão comigo'

Por LivreTV Notícias em 07/05/2022 às 14:02:22
Regina Fernandes cria crianças com pensão de R$ 1.800 e sonha em deixar uma casa própria para os filhos. Regina, de 38 anos, teve 7 filhos e cria 6 sozinha em Natal

Cleber Dantas/Inter TV Cabugi

O trabalho é grande até na hora de dormir. Afinal, são seis meninos em apenas um quarto. Um levanta do colchão de um lado, enquanto outro puxa do outro, até que finalmente a grande cama fica pronta para todo mundo descansar, se encaixando onte tem espaço.

As crianças da casa são a Júlia, de 14 anos; Vitória, de 12; Maria Clara, de 10; Victor, que tem 9 anos; Maria Heloísa, com 6; e João Guilherme, de 3.

Todos são filhos da Regina Fernandes, de 38 anos, que ainda lamenta o fato de a filha mais velha, de 21 anos, ter saído de casa depois de ter casado.

Regina é mãe solo e cria sozinha os seis filhos no bairro Dix-Sept Rosado. Os filhos mais velhos são do ex-marido. O mais novo foi de um relacionamento casual. Eles se espremem em uma casa de poucos cômodos, que ainda é dividida com o galo de estimação da família, que não tem nome.

No dia das mães, comemorado neste domingo (8), ela diz que quer ganhar um abraço de cada um.

"Um abraço de cada um, que eles sempre me dão. Nas horas mais difíceis, eles estão comigo. Sou mãe e pai", relata.

É tanta gente junta que vez ou outra há confusão. "Júlia bagunça demais. Aí eu brigo com ela. É ela quem começa, diz Vitória.

"É ela quem começa. Mas rapidinho a gente está amiga de novo. A briga é quando nossa mãe não está em casa. Quando ela chega, a gente nem diz", retruca Júlia.

No geral, as crianças são tranquilas e ajudam a mãe também. Vitória, por exemplo, gosta de limpar a casa. Mas algumas atividades, Regina faz questão de realizar, como arrumar os filhos para a escola.

Na hora do café da manhã, uns comem na mesa, outros no armário - onde tiver espaço. Regina vira garçonete.

"O que é mais difícil é a rotina do dia-a-dia. Você acordar às 5h para fazer café, comprar o pão, escovar os dentes deles, dar banho, levar para escola. É uma correria grande. Eu não tive estudo. Então quero que eles estudem. Sejam enfermeiros, policiais, o que quiserem", diz a mãe.

Os filhos sabem retribuir da maneira deles. O jeito de Maria Clara agradecer é escrevendo cartinhas para a mãe. Tem até uma caixinha de papel pregada na parede onde ela coloca as mensagens, que mistram palavras e desenhos.

"Tive a ideia no colégio. Faço desenhos e escrevo, principalmente para a minha mãe", conta.

"É um amor grande que ele têm. Quando me separei, eles eram pequenos e me ajudaram, cuidaram de mim. Hoje eles estão maiores e seguem comigo", relata.

Para incrementar uma renda de R$ 1.800 reais das pensões dos filhos, Regina chegou a vender água mineral em semáforos de trânsito durante a pandemia. Mas parou de realizar o trabalho para levar e trazer os filhos da escola. Ela tem medo de deixá-los ir sozinhos.

Com sete filhos, ela tenta fazer uma laqueadura, mas nunca conseguiu fazer a cirurgia pela rede pública de saúde. Ela também sonha em ter uma casa própria, para poder sair do aluguel e deicar o imóvel para os filhos.

"Quero que eles me vejam como uma guerreira que faz tudo isso por eles", diz.

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