'Missão Estratégica Hidrogênio Verde' é maior a maior chamada pública para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação no tema. RN foi o quarto estado com maior valor de propostas. Hidrogênio verdeé Reuters via BBCA “Missão Estratégica Hidrogênio Verde”, a maior chamada pública no Brasil para apoio a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação com foco em hidrogênio verde atraiu propostas no valor de R$ 14,5 milhões no Rio Grande do NorteEmpatado com o Amapá, o estado é o quarto do país que recebeu maior valor em propostas.O líder no valor das propostas é o estado do Paraná, que teve R$ 24,2 milhões. Logo em seguida, estão Santa Catarina (R$ 17,2 mi) e Ceará (R$ 16,4 mi)Mato Grosso do Sul, Bahia, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Espírito Santo, São Paulo e Maranhão também entraram na disputa.De acordo com os dados levantados, as propostas apresentadas tiveram valor médio de R$ 6 milhões. A chamada pública é uma parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e a CTG Brasil, uma das líderes em geração de energia limpa no País. O prazo de submissão das propostas foi encerrado no dia 19 de novembro.A “Missão Estratégica Hidrogênio Verde” foi lançada em outubro deste ano, durante inauguração do Habitat de Inovação da CTG Brasil no Hub de Inovação e Tecnologia (HIT) do SENAI-RN, em Natal. InscriçõesAo todo, foram 36 inscrições, oriundas de 14 estados do país, com valor somado de R$ 186 milhões em propostas.A cifra é mais de 10 vezes a prevista no edital (R$ 18 milhões) e está concentrada principalmente em projetos para produção do chamado “combustível do futuro”. Em balanço divulgado nesta segunda (29), o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), que coordena nacionalmente a ação, observa que o edital atraiu desde startups até grandes empresas.Segundo os organizadores, objetivo do projeto é impulsionar soluções em pesquisa, desenvolvimento e inovação capazes de gerar negócios.Entre as ideias apresentadas, 74% focam na produção de hidrogênio, 20% no uso industrial, 3% no transporte e outros 3% em certificações do produto.“Atrair projetos que correspondem a 10 vezes o valor do edital, envolvendo 50% das unidades da federação, representa o momento que a gente está vivendo, de sociedade preocupada com combustíveis mais limpos e a adesão das empresas a esse novo pensamento”, diz o diretor do ISI-ER, Rodrigo Mello.Os R$ 186 milhões relativos aos projetos incluem R$ 21 milhões em contrapartidas das empresas proponentes para financiamento, um dos requisitos previstos no edital.“Investimos na matriz energética brasileira, com foco na diversificação de nosso portfólio de ativos e na complementariedade das fontes de geração de energia. Para atingir esses objetivos, contamos com parcerias estratégicas, como essa. O hidrogênio verde terá papel fundamental na transição da matriz energética mundial e queremos fazer parte desse movimento", ressalta Silvio Scucuglia, diretor de Estratégia e Desempenho Empresarial da CTG Brasil."Conhecer todas essas iniciativas inscritas na chamada estratégica, nos faz ter a confiança de que teremos projetos relevantes de hidrogênio verde para apoiar, desenvolver e implantar nos próximos meses”.SeleçãoA primeira fase da seleção segue agora com a análise das propostas. O resultado preliminar é previsto para 1º de dezembro. Segundo Mello, os projetos que avançarem para a segunda etapa passarão por uma curadoria para identificação de possíveis sinergias e aprovação final da CTG Brasil, que destina recursos à chamada pública por meio do programa Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da ANEEL.O resultado final sai em 17 de dezembro. Já no início de 2022 inicia-se um novo ciclo: a prospecção de possíveis parceiros internacionais para o desenvolvimento das ideias selecionadas. Não há uma estimativa de quantos dos inscritos serão contratados. Os projetos escolhidos terão prazo de execução de até 36 meses, a partir da assinatura do contrato.Hidrogênio verdeHidrogênio verde é obtido partir de fontes renováveis de energia, como eólica e solar, e é alternativa à produção a partir de gás metano – mais comum hoje e mais poluente. No processo, não há emissão de carbono.Conhecido como “combustível do futuro”, o hidrogênio verde é apontado globalmente como opção para reduzir os impactos do efeito estufa, substituindo, por exemplo, combustíveis fósseis em meios de transporte e insumos usados na linha de produção da indústria.Vídeos mais assistidos do g1 RN