Pesquisa do Sebrae mostra que micro e pequenas empresas criaram três vezes mais postos de trabalho do que os médios e grandes negócios. Pequenos negócios se destacam na geração de empregos com carteira assinada no 1º trimestre de 2021Reprodução PEGNAs micro e pequenas empresas criaram 587 mil novos postos de trabalho com carteira assinada no Brasil entre janeiro e março deste ano. Esse número representa 70% do total de empregos gerados no período.Confiança dos pequenos negócios cresce após cinco meses de quedaGoverno anuncia 120,9 mil empregos formais em abril, menor saldo mensal neste anoA análise foi feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).As médias e grandes empresas foram responsáveis por 190 mil ocupações formais no período.“A receita das micro e pequenas empresas para combater a crise causada pela pandemia é a geração de empregos. Quando comparamos com o 1º trimestre de 2020, os dados do Caged apontam que a evolução dos empregos gerados teve aumento de 400%. São números extremamente representativos da força dos pequenos negócios”, afirma Carlos Melles, presidente do Sebrae.Setores em destaqueO setor de serviços foi o que mais criou vagas entre as micro e pequenas empresas, com 224,3 mil novos empregos formais. As cinco atividades que apresentaram maior saldo líquido na geração de emprego foram:Transporte rodoviário de carga;Serviços de escritório e apoio administrativo;Locação de mão de obra temporária;Serviços de engenharia;Serviços para apoio a edifícios. Depois, vem o setor da indústria, com 152,8 mil postos de trabalho, seguido do comércio, com 105,1 mil, construção civil, com 75,3 mil e, por último, a agropecuária, com 23,9 mil.Recorte estadualOs estados brasileiros que proporcionalmente mais contrataram graças aos pequenos negócios foram:Mato Grosso, com 56,1 novos postos de trabalho (a cada 1.000 já existentes); Rio Grande do Norte, com 49,7 (a cada 1.000 já existentes);Santa Catarina, com 48,9 (a cada 1.000 já existentes). Já o Amazonas teve saldos negativos em janeiro e fevereiro, mas recuperou em março. Mesmo assim, o estado continuou com 3,3 novos empregos gerados a cada 1.000 já existentes. Em números absolutos, o estado de São Paulo lidera com 135 mil novas vagas no 1º trimestre deste ano.