Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Cidades

CPI da Arena das Dunas ouve presidente do consórcio responsável pelo estádio sobre contrato com governo do RN


Ítalo Mitre, que foi ouvido como convidado, comentou acordo com Executivo Estadual e auditorias que apontaram prejuízo aos cofres públicos e possível revisão do contrato. CPI da Arena das Dunas no RN

Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Arena das Dunas ouviu, na situação de convidado, o diretor-presidente do Consórcio Arena das Dunas, Ítalo Mitre nesta terça-feira (24). Ele apresentou o modelo de negócio de arena multiuso, falou sobre a Parceria Público-Privada e os valores repassados em parcelas fixas e variáveis pelo governo do RN.

De acordo com o diretor-presidente, os valores repassados anualmente variam entre R$ 20 e 25 milhões - uma das exceções foi em 2020, ano da pandemia, em que esse valor foi de R$ 17 milhões.

Esses recursos são para pagar o valor investido na época da contratação: para demolição do Machadão e do Machadinho e construção do estádio.

"O pagamento da contraprestação não está vinculado aos gastos operacionais, nem a construção. Cada pagamento mensal que o estado faz pra concessionária, remunera uma parte daquele escopo. O recurso que está sendo recebido hoje está remunerando um pedaço da demolição do machadão, do machadinho, da construção da arena, da manutenção. E os riscos tomados por essa contratação. Essa conclusão ou essa premissa de que o pagamento da variável é X e esse é o valor que a concessionária percebe pra executar em manutenção não é bem isso que está contratado", disse Ítalo Mitre.

Outro assunto divergente foi sobre a diferença entre receita líquida e o lucro líquido da parceria: uma diferença de 32,6 milhões. Segundo o Ministério Público do RN, que pediu a condenação judicial da Arena das Dunas, e o ressarcimento do valor ao governo.

"O produto é diferente do resultado final, porque um entra a questão das despesas, dos impostos, das despesas administrativas. Já na receita líquida não, só pega o lucro bruto e diminui os impostos e tem o resultado final. Com isso, na receita líquida você passa a ter um resultado, digamos assim, maior", falou o deputado estadual Kléber Rodrigues.

Um relatório de auditoria da controladoria-geral do estado apresentado em maio do ano passado aponta prejuízo estimado em R$ 421 milhões aos cofres públicos. O prazo do contrato da Arena das Dunas é de 20 anos: de outubro de 2011 a outubro de 2031.

Na CPI, o executivo disse que discorda da auditoria, e que os demonstrativos financeiros da arena já foram auditados por 3 consultorias diferentes desde 2013, sempre aprovados sem ressalvas.

Ítalo mitre comentou o relatório da controladoria-geral do estado e o interesse do governo de fazer uma revisão contratual da Arena das Dunas. Ele disse à CPI que os executivos da arena estão dispostos a sentar com o governo para revisar os termos do contrato.

"A concessionária tem interesse em sentar e tentar equacionar qualquer obstáculo. E por último, que não é um desejo nosso, mas entende que é um caminho, que é a encampação. Mas é uma faculdade, que o Estado enquanto poder concedente tem, demanda indenização prévia e um processo próprio, mas é uma previsão contratual de reassumir a operação do ativo e entender da forma que achar melhor gerir esse projeto", afirmou Ítalo Mitre.

Veja os vídeos mais assistidos do G1 RN

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!