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Cidades

Programação do Museu Câmara Cascudo celebra 80 anos da Sociedade Brasileira de Folclore com mesa redonda


Programação virtual será realizada em conjunto com o Ludovicus - Instituto Câmara Cascudo. Museu Câmara Cascudo fica na Av. Hermes da Fonseca, em Natal.

Anastácia Vaz

No dia 22 de agosto é comemorado o Dia Nacional do Folclore. Para celebrar a data, o Museu Câmara Cascudo vai realizar, na sexta-feira (20), a mesa redonda “Ciência do povo, saber popular: 80 anos da Sociedade Brasileira de Folclore”.

A programação será realizada em conjunto com o Ludovicus - Instituto Câmara Cascudo. A mesa redonda será transmitida a partir das 19h30 nos canais do MCC Virtual no YouTube e no Facebook. A participação é aberta. Os interessados em receber certificados, devem realizar as inscrições pelo Sigaa.

O evento terá mediação do professor Luiz Assunção (UFRN) e contará com a participação do professor Francisco Firmino Sales Neto (UFCG) e de Daliana Cascudo, diretora do Ludovicus. Juntos, os convidados vão debater a importância da Sociedade Brasileira de Folclore para o estabelecimento do pensamento social sobre os saberes do povo do Rio Grande do Norte.

80 anos de história

Fundada por Luís da Câmara Cascudo em 30 de abril de 1941, a Sociedade Brasileira de Folclore reuniu grandes nomes de estudiosos da cultura popular no RN, como: Veríssimo de Melo, Hélio Galvão, Oswaldo Lamartine e Deífilo Gurgel. Eles tiveram participação ativa no processo de consolidação dos estudos folclóricos no Brasil, formando o Movimento Folclórico Brasileiro entre 1940 e 1950.

As obras destes grandes escritores deram origem à difusão da cultura folclórica e abriram margem para que as manifestações populares ganhassem espaço nas bibliotecas, nas casas e nas escolas.

Além disso, a Sociedade estimulou o desenvolvimento de outros pensadores e de ações em prol da cultura, rivalizando com outras instâncias voltadas à promoção da cultura do povo, como a Comissão Nacional de Folclore, criada em 1947, no Rio de Janeiro, e a Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro, criada em 1958.

Assim, ao longo de toda a década de 40, a Sociedade reuniu um número considerável de estudiosos, entre antropólogos, etnógrafos, historiadores, memorialistas, jornalistas e políticos. Uma centena de brasileiros e especialistas de outros 26 países fizeram parte do quadro de sócios. Nomes grandiosos tais quais Mário de Andrade, no Brasil; Frans Boas, nos Estados Unidos; Antonio Castillo de Lucas, na Espanha; e Antonio Ferro, em Portugal.

Dentre as maiores ações desenvolvidas pelos membros, Câmara Cascudo foi indicado para Conselheiro no Brasil da Comissão Internacional de Artes e Tradições da UNESCO, no ano de 1947.

Outra grande ação foi a publicação dos primeiros livros de Veríssimo de Melo na coleção Biblioteca da Sociedade Brasileira de Folclore.

A Sociedade Brasileira de Folclore deixou de existir no início da década de 1960, quando surgiu o Instituto de Antropologia do Rio Grande do Norte, que hoje é o Museu Câmara Cascudo.

Apesar dos estudos em torno do folclore terem perdido espaço durante um determinado período de tempo, a cultura e a história popular do Rio Grande do Norte continuam sendo preservadas através do MCC e de outras instituições culturais, como o Instituto Câmara Cascudo, que abriga o acervo do escritor e folclorista potiguar que nomeia as duas instituições.

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